quarta-feira, 31 de outubro de 2012


A mãe e a babá

Outro dia, fui a um buffet. Festinha de uma criança - parte da rotina de quem tem dois filhos na escola - e a maioria estava de branco. Por um segundo tive vontade de gritar: feliz ano novo. Mas logo vi que aquele 'mar de gente' de branco eram babás.

Sei das dificuldades de ser mãe, mulher, amante e um monte de baboseiras que inventaram para nós e que - no fundo - não conseguimos ser. Sim, precisamos de ajuda. Para aquelas que conseguem ser mãe 24 horas, ótimo!!! Para quem precisa trazer o sustento para casa então, neccessita de um 'pequeno' staff. Seja ele mãe, vó, empregada, babá etc... Tudo dentro da normalidade nessa atualidade doida em que nos metemos. Desde que, cada um esteja no seu papel. Mas, vejo que isso vem mudando. Papéis se invertendo... Sim, caros amigos a 'nova mãe' de hoje - já em muitas famílias - chama-se babá. Que triste!!! Nada contra a babá, quem precisa e achou uma boa, cuide muito bem. Afinal, ela cuida do seu 'bem' mais precioso: seu filho!!!! Mas conheço muitas mães que tem babá ou babás porque não conseguem ficar 'sozinhas' com os filhos. Uma, disse-me uma vez, que a filha de um ano a irritava  e ela irritava a filha, por isso, que tinha babá, folguista etc e tal. Na boa, então porque não compraram um cachorro ao invês de ter filho? Aliás, nem cachorro mereceria tal 'coisa'. Outras contratam a babá porque não querem 'mexer' na rotina de homem e mulher. Hahahaha, milhões de 'has' para vocês!!!! O que é isso? Para não dizer que m... é essa? Na boa, se um homem não entender e respeitar a função ou a mudança de uma mulher que se tornou mãe, ele nunca a valorizará como uma verdadeira mulher. 

Sim, a vida tem fases e, feliz a pessoa que entende isso, e consegue vivê-las intensamente. Tudo bem que enche o saco acordar de 3 em 3 horas. Mas, passa logo. Thansks, God! E tudo melhora. Sim, é uma delícia rolar no chão, brincar de carrinho, panelinha, dar risada com as coisas que essas coisinhas de 1, 2 anos falam entre outras descobertas, sair de casa e colocar no carro aquele cd que você já escutou mil vezes só porque não consegue escutar outra coisa, por estar tão envolvida com tudo aquilo. Feliz a babá que vive isso. Já que a mãe está no cabeleireiro para 'viver a vida de mulher e marido'. Tolas!!!! Depois choram na terapia que passou rápido demais e que não entende porque o filho de três anos fica doente na folga da 'fofa de branco'. 
Estúpida 'nova cultura' onde mais uma vez as mulheres tentam se 'atolar' metendo-se em coisas que não são da sua alçada. Criança precisa de exemplos. Pai e mãe presentes, ainda que trabalhando, mas presentes. Isso é possível para aquele que quer. Não adianta ter tudo - inglês, natação, aulas e mais aulas... Uma agenda lotada e crianças exaustas, sendo que a base é fraca por falta de exemplo - presença de pais. Filhos extremamente inteligentes mas, intensamente carentes, essa é a realidade das crianças de hoje. No futuro, essa 'carência' serão preenchidas com quê??? Drogas? Más companhias? Que futuro lhes espera? Nós, pais lembremos: "A palavra convence, mas o exemplo arrasta".


quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Todos nós temos um pouco de Carminha.


Final da novela Avenida Brasil. As ruas mais movimentadas de São Paulo e Rio quase vazias. Todos em casa preparados para saber quem matou Max e se despedir da novela que parou o país.

Confesso que sou noveleira e me diverti 'horrores' com essa. Como não rir com a Zezé cantando: "Me chama de amendoim". Com Adauto, apaixonado soltando suas pérolas como: "Filme de gente secreta", " Eu se 'dispido' da vida agora", " Jorginho está com magnésia" entre outros. Bevely: "Morri de touca térmica". E o Tufão? O corno mais amado do Brasil!!! Leleco com sua risada e ciúmes enlouquecedor. Muricy, a mãe protetora. Cadinho, Silas, entre outros. E, claro, Carminha. Que papel que Adriana Esteves fez, hein? E lembrar que na novela Renascer foi criticada por sua atuação mas, nesta deu um show de interpretação. Muitas vezes torci por Carmem Lucia... Ligeira, determinada, adora sexo. Poxa, que fogo. Não era a toa que quando ela ligava para Max tocava: "Eu quero tchu, eu quero tcha...". Topava a toda hora em qualquer lugar. Vingativa, e quem não é??? Sim, em todos nós  existe uma Carminha. Quem não adoraria fazer como ela fez com a Nina. Com aquelas pessoas que por algum motivo entraram em sua vida só para enche o saco. Azucrinar, perturbar, ferrar, mandar matar... Sim, nós somos assim. Mas, ainda bem que o bom senso existe e entra ou deve entrar nessa hora. Ela não tinha limites para chegar onde queria. Que inveja!!! Inveja, porque muitas vezes paramos no primeiro obstáculo, achamos difícil. Ela não... Movia todos. Amor desmedido, passional, mãe que para 'defender' o filho não media esforços. E, nós??? Ah, mexe com a 'nossa cria' para ver o bicho que há dentro de cada um. Mandona, a dona-da-casa... Quem não gostaria de mandar e desmandar na casa? De ser feito tudo do jeito que quer e se não fizer... Sai de baixo. Acredito que essa novela fez tanto sucesso porque, na verdade, foi um enorme espelho. E que o autor junto com os atores mostraram isso com excelência. Sim, somos Carminha, ainda que adormecidos. Gostaríamos de ter a coragem dela - ainda que para fazer loucuras - de ter fôlego para o tchu e o tcha a qualquer momento, de não ter medo em enfrentar qualquer coisa, de aturar e engolir agregados só para chegar onde queremos... Ela é a expressão do "Eu quero", que no mundo de hoje reina. Quando "Eu quero" entrou no mundo os valores mudaram. Para os que não têm limites - como Carminha -  os instintos falam mais alto e é ai, que o perigo mora. Sem limites somos como carro sem freio em uma descida. Uma hora vai dar m... Como qualquer instinto, os valores não existem e, se um dia existiu, é jogado no lixo. Como a mulher/homem que deixa família, tudo que construiu, só porque se 'apaixonou' - um affair. O "Eu quero" ganhou, passou por cima de tudo e destruiu aquilo que foi 'levantado' com sabedoria. A razão teria que ter reinado e controlado a emoção. Claro, que emoção é importante. Aliás, é nela  que estão 'guardados' nossos maiores tesouros como: amor pelos filhos, tesão pela vida. Mas, ela tem que ser 'feita' em cima de sabedoria/ razão para então ser desfrutada. Às vezes, somos como Tufão, não queremos ver o que acontece 'debaixo do nosso nariz'. Acreditamos na 'aparência' de alguma 'Carminha' em algum projeto, idéia, vida e com isso, matamos nossa intuição. Ou, então, acabamos com o tesão no nosso relacionamento dando uma de Ivana,'falando' bebezãoooo. 

Lelecos, Muricys, Adautos somos todos juntos e misturados. A grande chave do sucesso disso tudo. Olhar do lado de fora aquilo que está mais perto que 'achamos'. Que possamos ser a parte boa. Jogar fora aquilo que não vai dar certo. Como a tola idéia de que "Vingança é um prato que se come frio"... Não é nada disso... Diria que vingança é para aqueles que não conseguem seguir em frente, por não acreditar que o Universo se encarrega por aquele que te fez algum mal. Sim, a lei do retorno existe. Tantos para as coisas boas como para as más. Então escolha o que lhe cai bem... Enjoy your life!!!! Oi Oi Oi...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012


O preço do livre arbítrio


O livre arbítrio é o que nos distingue dos demais seres. Esse foi nosso grande presente. E que presente que nos foi dado...
Os animais sempre fazem as mesmas coisas. Resumindo: seguem os seus instintos. Não é à toa que quando vemos um ato absurdo de violência, vandalismo, morte falamos que "O 'indivíduo' agiu como um animal". Ele não é um animal, mas em meio ao seu 'poder de escolha' jogou esta no lixo e agiu como um bicho, o qual não ganhou esse 'dom' de escolher, somente seguiu seu impulso/instinto. Mas, nós - seres humanos - podemos escolher entre o bem e o mal. O certo e errado. O moral e imoral. Uau, somos poderoso!!!! E é aí, que 'criamos' algo. Ao acharmos que somos 'super-heróis' começamos a 'criar' 'teorias' para justificar seguir o caminho que talvez não seja o melhor para nós. E com isso 'explicar'. Aliás, como gostamos de explicações, né? Então: "Senhoras e senhores, eu vos apresento algo que criamos com excelência:  a 'desculpa'!!!" Isso inclui jogar a 'culpa no outro - para justificar seguir o caminho 'animal' que muitas vezes trilhamos por livre e espontânea vontade. A história fica mais ou menos assim... O fulano justifica que traiu porque a funcionária veio vestida para matar e a esposa já não faz suas 'funções' de mulher. Abandonamos o projeto no meio porque o chefe /sócio não tem caráter ou não cumpre com suas obrigações. O 'beltrano' não é feliz porque - acha que - os pais não lhe deram atenção suficiente durante a infância e assim vai... A culpa nunca é sua e sim, do outro. Tudo isso para  justificar o caminho que decidiu seguir - físico ou emocional - ou seja seu livre arbítrio de forma errada. Esse presente, que nos foi dado de forma tão poderosa e que nos diferencia de todos. Dá-nos poder para escolher o melhor e, por favor, não o use como um amuleto da 'desculpa esfarrapada'. Sim, podemos escolher com quem casar, onde trabalhar, e ser feliz ou não. Tudo disponível ao nosso alcance como em um supermercado que você leva o que quer. A marca, o preço dependem exclusivamente de você. Assim é a vida. Alguns pegam atalhos para simplificar o processo, outros não medem esforços para seguir rumo ao que deseja, alguns esperam que a vida traga o que quer de mão beijada, outros se lançam a sorte, alguns procuram 'paliativos' para ter a felicidade. Sim, tudo tem seu preço e cabe a você - escolher - qual quer pagar. Mas, tudo isso regado com muitas desculpas... Ninguém escapa... Nem os pobres hormônios que, mesmo em ordem, são responsáveis por você comer como uma louca. Afinal, alguém tem que pagar o pato.  

Desde os primórdios temos esse poder de escolha. Claro, que fatos vão acontecendo no meio do caminho e vão nos marcando. As vezes de forma positiva outras negativas. Mas, ainda assim temos escolhas de como iremos encarar. Ficar prostado ou levantar? Assumir ou acusar? Razão ou emoção? Oito ou oitenta? Que tenhamos brio para usar o livre arbítrio e o usemos de forma adulta. Ou quente ou frio. Nunca morno. Desculpas são para fracos que nunca tiveram 'culhão' para assumir o que decidiram. Sabedoria para usar com razão onde a emoção repousará. E intuição para escutar Aquele que nós deu esse poder. E assim, só assim, trilharemos o caminho certo.

terça-feira, 2 de outubro de 2012


Excesso de Religiosidade


Acho lindo, quem tem um dom especial para a vida religiosa. Quando falo de dom especial... Falo de pessoas que têm um impulso, chamado missão, seja lá o que quiser chamar, para entregar-se a fazer o bem como: Madre Teresa de Calcutá, Rebe Lubavitch, Gandhi entre outros. Que exemplo!!! Que amor e dedicação a D'us, independente de religião.

Digo isso porque fico indignada em ver excessos de religiosidade. Onde, gente que por falta de coragem em enfrentar a vida. Sim, covardia! Vivem debaixo de roupas, palavras e julgos. E mais, nem se dão ao 'trabalho' em estudar vão na onda do que é falado. 'Trabalho'  esse de ler e pedir sabedoria para interpretar. Sim, se D'us deu para seu lider também pode dar para você, pequeno seguidor.  Oh God. Se em brincadeira de telefone sem fio, com 4 crianças, o que foi falado no começo, quando chega no final é totalmente diferente. Imagine quem joga o cerebro no 'lixo' e só repassa o que ouviu. Please. Fico imaginando D'us, vendo tamanha babaquice e gente se privando de tanta coisa boa que Ele mesmo fez. 'Tudo ao pé da letra' é o lema desse povo. Lembro-me de uma cerimônia de Bar-Mitzvá - onde o menino judeu, de 13 anos, atinge a maioridade religiosa - um Rabino, que gosto muito, Michel Schlesinger disse algo fascinante dessa religião linda, que tanto tenho amor e zelo. "Que vocês tenham e levem a essência do judaismo dentro de vocês" falou ele para aqueles meninos cheios de vida, na flor dos seus 13 anos. Sim, porque não dá para 'capar' um moleque nessa idade. Falo capar, não só no sentido sexual, mas em anseios da vida. E querido 'santo', cá entre nós, se você tem carne e osso deve ter algum motivo divino, né? Claro, a essência que importa! Seja lá qual seja a 'religião'. Porque se ela existe viva em você, os valores serão os pilates fortes para o caminho certo. Lembro de outro episódio que só faltei rolar no chão de tanto rir. Super Pop no ar. Sim, o programa da Luciana Gimenez. Tema: Homosexualidade. No palco, pastores de igrejas evangélicas, um famoso e outro que dizia ter sido curado da viadagem. Acho também que tinha um padre, jornalista e o transexual Léo Aquila. No calor da discussão, o pastor, que tinha sido curado da bichice, falou para o Léo, que se ele não se arrependesse e convertersse ele iria para o inferno. Nesse momento, Léo pegou o microfone e disse entre outras coisas: "Pastor, eu não vou pro inferno, e tem mais... Se o senhor for pro céu, irá ter uma surpresa, porque eu que vou abrir a porta para o senhor entrar. Pronto, circo armado!!! E audiência bombando!.

Eu sei lá quem vai para céu e inferno - segundo algumas crenças. Mas, cá entre nós, que autoridade tem um cidadão desse, para fazer a 'pré-seleção' celestial. Primeiro, se ele tivesse todo esse poder teria junto também respeito ao próximo. Coisa, que ao meu ver, tava muito longe.

Roupas, 'falas' que mais parecem 'uniformes' para a 'identificação' entre eles. Não falo de costumes e tradições que quando bem administrados podem serem lembrados com carinho, respeito. Tanta 'mutilação' pelo que se acha santo. Life is so good, my dear!!! Acredito que D'us não quer nada disso. E sim, um coração puro!!!  Ah, isso me lembra o Rei David. Ele tinha o coração segundo a vontade de D'us. Aliás quanta intimidade com D'us. Visto claramente nos salmos. Como pai e filho. Nenhum filho entra na casa do pai e fala: "Senhor meu pai, posso comer, se for do teu agrado,uma banana?. Por favor, o filho entra pega o que quer comer se 'joga' no sofá e faz o que deseja... Afinal, a casa do pai é dele também. Pai ajuda, puxa a orelha, gosta de filho embaixo da asa. Assim, era David e D'us. Sinto uma 'invejinha' dessa intimidade... Acredito que isso sim é que o que D'us quer: intimidade!!! Intimidade de filho. Caminho oposto do excesso, do povo do 'tudo ao pé da letra'. Já que intimidade é se 'despir', mostrar/encarar o que é bonito e 'feio', 'sentar no sofá e pedir colo' sem se preocupar com que vai falar. Já que a 'reza' muitas vezes não tem que ser aquela decorada, mas sim a 'derramada' muitas vezes em lagrimas, se abrir para para entender e ir rumo ao que 'o Pai' quer de nós, não o que o 'lider' disse... Que tenhamos a intimidade do Rei David.