quarta-feira, 25 de julho de 2012


Entre quatro paredes, vale tudo mesmo? Até parece, rsss


Fico indignada, mas acabo dando muitas risadas quando vejo matérias falando sobre a vida sexual, entre quatro paredes. A mulher 'modernete' diz: "Sim, a mulher tem que fazer tudo, entre quatro paredes, para segurar o homem... Senão ele vai buscar na rua, em outro lugar". A outra diz: "A mulher tem que ser uma dama, mas na cama uma puta". Ah, por favor, hoje em dia a mulher fica 'inventando' estórias para tentar entender como tem que ser na cama... Aliás, mulher adora tentar entender o que muitas vezes não tem explicação. Dom feminino.

Entre quatro paredes, desculpa as 'pseudo-modernas', não vale tudo!!! Vale somente até aonde deixamos. E, bobas, as que vão além do seus limites. Uma hora, o rapaz 'moderninho' achará outra 'moderninha', que fará o que a então esforçada não fez, e dará um tchau para a fofa. A esforçada, que foi além dos seus limites/valores ficará despedaçada e descobrirá que ele não merecia 'tal' esforço. Quando falo 'vale tudo entre quatro paredes' digo tudo mesmo. Você toparia uma suruba, casa de swing, ménage a trois... entre outros? Nada contra as que fazem. Mas, se sua resposta for não... Não diga que vale tudo. Sim, entre quatro paredes vale o que me faz bem, o que me dá prazer, o que me fará dormir como um anjo no final. Isso é o que vale e o que tem que valer. Não sei porque as revistas, e as mulheres acreditam, levantam a bandeira que têm que ser um vulcão na cama. Claro, mais uma vez a mulherada toma para si a responsabilidade de ser e fazer tudo. E isso, inclui a cama. Que bobeira!!! Sim, não conseguimos e não temos que conseguir fazer tudo na cama. Dá sim, para fazer bem feito e gostoso, sem ter que 'completar a tabela', se é que você me entende.

Mas, não... Tem mulher que quer ser um avião... Leu em algum lugar que precisa incrementar e ter vários apetrechos na cama. Como se uma transa durasse 3 horas. Na boa, contando que o cara não tem ejaculação precoce e depois de um dia de trabalho para os dois, no máximo quinze, vinte minutos tá bom, né? Pensando que, tem que acordar cedo no dia seguinte e ir para o trampo, cuidar da casa e etc. Tenho uma amiga engraçadíssima que se preocupava demais com isso. Achava que cada transa era um evento. Ia no sex shop e comprava todas as novidades. Um dia, comprou uma bolinha para introduzir na vagina. Tem vários sabores, para dar um up no sexo oral. Resumindo, ela comprou sabor hortelã. Aquela porcaria estourou nela... Calma, era para estourar mesmo, mas deu uma alergia... Enfim, ficou fazendo xixi com cheiro de Trident hortelã durante uma semana. Fora, que ardia pra caramba já que a 'amiga' ficou toda empipocada ... No banheiro da empresa onde trabalhava, ela era praticamente um 'pato - pastilha adesiva' - aquele negócio que coloca na privada para dar um 'cheirinho'. Sim, ela exalava 'hortelã'. Acho legal dar uma incrementada, mas tudo para se divertir... Não para 'cumprir tabela'.

Entre quatro paredes vale se divertir, relaxar, aproveitar. Saber, que pode ser você mesma, sem se preocupar com celulites, gordurinhas e mais, com que o outro vai achar. Respeitar você e o outro. O que o outro 'deseja' é tão importante quanto o que você 'quer'. Impor algumas coisas é tão valioso quanto propor outras. Afinal, experimentar é muito bom. Se descobrir também. Sentir tesão, desejo é mais fisiológico que muitos pensam. E descobrir que não precisa, ou então, se sentir na obrigação, de fazer coisas esdrúxulas é se conhecer e respeitar seu corpo, sua alma e espírito.


quinta-feira, 19 de julho de 2012


Persistência, a alma da vida

Meu filho prestes a completar um ano de vida. A cena que vejo é de um treino incansável - pelo menos é o que parece - para andar. Já que levanta, cai, tenta andar, cai de novo... Levanta, cai, levanta de novo e cai... Cai, cai e cai. Levantou... Ai, canso só de olhar e fico fascinada. Como é bom não ter a palavra 'DESISTIR' no vocabulário. Ou melhor, na vida.

Como D'us faz as coisas certas e na hora certa. Imagina se tivéssemos que aprender a andar mais velhos. Muitos falariam: "Não ando porque não tive tempo de aprender". Outros: "Eu não ando porque não tive 'oportunidade'..." Ou porquê, porque e muitos porquês. Quantas 'explicações' inventamos para justificar nossas desistências. Nunca somos os culpados mas, sim, as situações que 'criamos'... Muitos blá blá blá para falar que perdemos o tesão e abandonamos o barco antes mesmo de chegar no fim. Assim é no casamento, profissão, filhos, sonhos e vida. Achamos que não vale a pena. "Ah, mas passou da hora", dizemos para tentarmos jogar panos frios no auge do exercício da persistência. Sim, a persistência é um exercício diário onde temos que saber 'treinar, descansar e continuar'. Como um atleta que está se preparando para uma maratona. Tudo é importante para a 'competição'. E qualquer um pode participar dessa competição. Nunca é tarde. No máximo temos que entrar para 'categoria' certa/adequada para nós. Claro, que depois de adultos temos que ter bom senso nas nossas escolhas. E por quê? Porque temos que ver onde estão nossos talentos, para então investir neles. Isso pode demorar um tempo... Temos que experimentar, provar, enfim, descobrir o que gostamos e aperfeiçoar... Tem gente que perde a noção, e joga no lixo o senso. E o pior, os que estão ao redor, aplaudem. Como? Olha os reality shows para achar um ídolo nacional... O cara vai cantar, canta em qualquer tom e com sorte se tiver tom, acha que esta abafando e quando o jurado fala que ele não canta bem... Ele solta a pérola: "Mas minha mãe, vizinha, mulher e o ' fã clube do desafinado' acha que canto bem". Por favor, nem a tecnologia dá jeito. Mas, ele quer ser um ídolo, sem ter nenhuma condição... Sim, claro que tem uns que conseguem, mas estou falando de quem não tem nenhuma condição. Esse está persistindo em barco furado. O bom senso é importante. O problema é quando estamos no caminho certo, no que queremos, no que é de direito nosso e desistimos. Que pena. Sim, somos responsáveis pelas conquistas que abrimos mão todos os dias. As desculpas vencem, os diamantes são jogados no lixo - sem dó - a cada dia. E os sonhos vão ficando para trás em algum lugar. E sabe qual é o pior? Quem é mãe joga na cara do filho: "Você não dá valor as coisas que te dou". E faz a lista: "Colégio, roupa, carro...". Mas 'mamãe' e eu te pergunto: e você dá valor ao que a vida está lhe dando? Tá correndo atrás do que precisa? Sim, como é fácil cobrar os outros, né? O sol nasce para todos e a vida passa para todos também.

Acho que D'us, as vezes, deve olhar e ter altos papos com anjos... Deve falar: "Que pena ele/ela estava quase chegando lá". "Olha lá, só faltava 'mais um passo' para ele sair 'andando'. Desistiu e Eu não posso fazer nada. Tem sempre o livre-arbítrio. Opção dele em desistir". Que pena... Que tal esquecermos da palavra desistir? Ou melhor, trocarmos pela insistir, continuar, se jogar... A vida só vale a pena para aqueles que 'se jogam'. Vivem intensamente, não tem 'limites' para continuar, não tem 'ses' - 'se nao der certo', 'se eu parar', 'se eu sofrer'. Quantos 'ses' como obstáculos. Pessimistas adoram 'ses'. Não vale a pena viver com o breque de mão puxado... A vida é feita para aqueles que estão dispostos a cair e levantar. Continuar, chorar, mas sabendo que irá voltar a sorrir. Que a dor faz parte do 'treinamento'. Que a jornada pode ser divertida. E que o caminho em direção a meta pode te levar para outro lugar muito mais fascinante que o caminho então traçado e imaginado inicialmente .Mas, só descobre isso, e tem esse prêmio final, quem está no caminho chamado persistência. Ou seja, usando o que todos estão 'falando': KEEP CALM AND DON"T GIVE UP - Fique calmo e não desista. Boa sorte!!!!

quinta-feira, 12 de julho de 2012


Somos ímas do nosso reflexo.




Na maioria, das vezes as reclamaçōes sobre nossos relacionamentos são revelaçōes profundas do 'nosso espelho'.

"Ele é dominador, mandão... Acha que é meu dono", diz a companheira do 'Capitão Nascimento' citado. Ela só esqueceu, ou não se ligou, que foi isso que ela estava 'procurando'. "Como?" Pergunta, ela perplexa. Já que essa 'dominação' do seu 'proprietário' a está minando aos poucos. Muito simples. Atraímos o que demostramos. Nossas necessidades ou falsas necessidades são verdadeiros chamarizes. A história fica mais ou menos assim... O mandão citado acima foi atraído pela mulher 'frágil' que precisava ser cuidada. Ele, como um bom líder faz o que 'precisa ser feito', pelo menos no ponto de vista dele. Já que a fofa não tem voz ativa... Então, alguém precisa ter. Ele, prontamente, faz o seu papel. Isso tudo é muito intuitivo. Porém, uma verdade enorme. Mas, já dizia o Pequeno Príncipe: "Você é responsável por aquilo que cativa". Entre outras palavra você demonstrou, emanou, abriu brechas para aquela pessoa se aproximar... Sim, entre milhōes, justo ela chegou até você.

Olhemos para o espelho. O que vemos? Será que queria alguém como eu? Por que muitas vezes nos depreciamos? Ai, a autoestima... Exercício diário, mas tão difícil... Olha, uma frase surge escrita de batom... "Tenho que amar ao próximo como a mim mesmo". Que sacanagem, mas que profundo. Por que? Porque amar o outro, às vezes, é tão mais fácil... Olha os filhos, por exemplo, amamos eles muito mais que nós mesmos . São como o ar que respiramos... Mas lembremos... Filhos são parte de nós. Extensão do corpo, alma... Sim, quando amamos eles ... Nos amamos também. Mais um motivo para nos amarmos mais. Mas, por que ao longo da vida perdemos o orgulho, tesão por nós mesmos? Olha a brecha ai... Esperamos sempre o 'salvador' que nos libertará de algo... O mandão que cuidará da frágil. A mulher que quer ser mãe dos maridos e que transformará o companheiro em gatinho de apartamento... Sem unha. Sim, o tesão acabará, o homem virará filho... Necessitando da mãe... A mulher que precisa de atenção, nem que para isso desenvolva doenças sempre...  Ou então desconta na comida... Já que nem ela a compreende.  A traumatizada, que acha o homem que a dará vários traumas. Motivo suficiente para mais vinte anos de terapia... Claro, para falar deles!!! Aquela que já se define como a que tem 'dedo-podre' para arranjar um parceiro. Já sabe que sempre será assim. Por que será? Sim, somos reféns de nossas carências. Tá estampado na cara, no espelho, em você.

Mas a boa notícia é que tudo pode mudar. E a melhor mudança é aquela feita em silêncio. Promete para si mesma e vai em frente. Sim, a natureza grita... E aquele que sente um impulso em voar jamais se permitirá rastejar. Então, a 'mulher frágil' descobre que de frágil não tem nada... Decide ser o que quer... Porque nosso pior inimigo é dizer: "Eu sou assim". Ótima desculpa, para ficar na zona de conforto... No máximo temos que falar: "Estou assim". E seguir em direção ao que quer. Mudança de atitude. Descobre sua força... O seu 'dono' descobre que suas 'mandanças' não cabem mais no contexto... Também tem que mudar. O ambiente mudou... Peso tirado de ambos os ombros. Nesse novo lugar só cabe um 'Eu sou assim'..., o eu sou feliz!!!

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Ah, o amor...


"Ah, o que vale é o amor... Amor a primeira vista... O amor 'guenta' qualquer tranco..." Lindas frases. Mas no dia a dia o 'bicho pega' e a realidade desmistifica tudo isso. Desculpe, mas quem vive hoje em dia só de amor é o dono da paçoca - que é uma delícia, e donos de empresas de tele-mensagens. 

Sim, amor é muito mais que sentimento. Amor é deixar a vida do outro mais fácil. O almoço pronto, a roupa lavada, as crianças bem cuidadas. O 'pepino' no meio do dia socorrido, a palavra 'atravessada' engolida, absorvida e falada - retrucada - na hora certa. A sabedoria de relevar que o outro não vai entender os seus projetos antes, não por maldade. Mas que precisará ver os resultados primeiro e aí sim, aplaudir. Ir ao cinema e ver a estreia de algum super herói sabendo que na sala ao lado está passando 'aquele' filme que você tanto queria ver. Achar 'ridículo' o gol que o Neymar fez só porque o time adversário era do namorado/marido. Enfim, mas, tem mulheres que casam baseadas na fantasia. Limitando o amor apenas ao sentimento. Que dó!!! No primeiro, 'puta que o pariu' pedem o divórcio alegando 'incompatibilidade de gênios'. Têm as candidatas a heroínas que falam: "O amor vence qualquer barreira". Tentando se convencer, depois que casou com um cara com cultura totalmente diferente, que o casamento dará certo. Quando falo de culturas, falo daquilo que é a base, o que é importante - e que para cada um é diferente. Por exemplo, se o cara cresceu em uma cultura que a mulher nasceu para ser dona de casa... Ao casar com uma mulher que foi criada para trabalhar e com seu esforço virou presidente de uma multi-nacional. Desculpe, por mais amor, paixão e romantismo que seja... Na primeira reunião da fofa, quando o marido chegar para almoçar em casa e descobrir que ela tinha mais o que fazer... Ele mandará suas coisas via motoboy. Impossível ou quase de dar certo. Outro exemplo que 'pega' para muitos, principalmente quando têm filhos: religião. Fica mais ou menos assim... Nasceu o bebê. O católico fala: "Vamos batizar". O evangélico: "Não, vamos apresentar no altar de D'us". O judeu: "De jeito nenhum, tem o Brit Milá - circuncisão - no oitavo dia". E o muçulmano... E o espírita... etc. Que bagunça. Será que um relacionamento assim dá certo? Acho difícil, com cada um remando para lados opostos. Garantias que dará certo se todos tiverem remando para o mesmo lado, em uma mesma cultura? Nenhuma!!! Mas será mais fácil já que enfrentaram criações diferentes. O suficiente para ter problemas demais. Tem também as que falam: "Amor é ser transparente". Na boa, ninguém é vidro para ser transparente. E isso não é ser infiel. Nem sempre precisamos falar do que estamos pensando, planejando e etc. Sim, muitas vezes nem nós mulheres sabemos o que queremos e ficamos bravas porque o cara não é compreensivo. Putz, melhor guardar para você assimilar e ver se o fofo conseguirá compreender. Não perca seu tempo. Amor, também é discutir. As pessoas acham que discutir é falar palavras ofensivas, sair no tapa... Nada disso... O seu ponto de vista é tão importante quanto o do outro.

E o amor, tem suas fases também... Às vezes esquenta, esfria, volta a esquentar. Absolutamente normal em qualquer relação. Ou transforma-se. Uns descobrem que de marido e mulher viraram amigos. Sábios aqueles que sabem fazer essa mudança com sabedoria, para imacular o amor. Tudo bem... Talvez seja o ciclo da vida. Mas, enfim, se tivesse que descrever o amor em nossas vidas, como seria? No meio a tantos significados... O que resumiria?  Na verdade o Amor é quando olhamos para nossa vida, para o futuro e a pessoa está lá... Impossível de ver ou viver o futuro sem ela. E isso está ligado com que acreditamos, com o que queremos - esses dois são a base. Ou melhor, o futuro sem ela não existe. Isso sim, é amor. Amor é um dom e sábios aqueles que sabem lapidá - lo. Elemento fundamental para ele - amor - continuar em sua vida.


domingo, 1 de julho de 2012


E o nenê nasceu...


Fico abismada como as pessoas gostam de romancear o nascimento de uma criança. Sim, todos gostam de falar de amor. Alguém diz: "Uma mãe nasceu..."  Outra 'complementa': "Sua vida nunca mais será a mesma", com tom de ternura. Não mesmo, mas pode tirar esse tom. 

Tudo isso é verdade. Mas vamos para realidade. Calma, minhas romancistas de plantão. A realidade é muito melhor e divertida que o conto de fadas... E vamos lá... Ainda no hospital, mal a nova mãe chega da sala de parto e começam as visitas... Muitas visitas, todas eufóricas para saber do bebê - peso, medida. Como foi no parto. Doeu? Normal ou cesária? E a coitada da parturiente ainda nem sente as pernas devido a anestesia. "Não pode falar muito", diz a tia-avó 'entendida' no assunto. E a new mother quer ver o bebê. Ainda meio zonza, começa sentir gases que devem ser eliminados. Mas o quarto está cheio. Não seria de bom tom eliminá-los na frente dos outros. Então, segura. E os pontos começam a dar o ar da graça. Ufa, o bebê chegou para mamar pela primeira vez. Alguém de bom senso pede para todos saírem do quarto, já que a mãe precisa aprender a dar o peito. Aproveita e já distribui a lembrançinha para ver se o pessoal 'sem noção' vai embora. Envolvida pela adrenalina do nascimento, coloca o bebê no seio. Sim, ela quer amamentá-lo exclusivo com leite materno até quando der. O bebê gruda como se fosse uma ventosa e começa a dor. Se for menino, a dor é duas vezes maior. Já nascem com fome. Logo, ela lembra dos comerciais de aleitamento materno. Quem fez aquilo? Pensa. Só pode ser um homem que não tem noção da dor que é isso. E racha o peito, sangra. A mãe chora. Muitos palpites de todos para melhorar. Algumas continuam outras param de amamentar. E todas merecem o mesmo respeito. Já que a dor para algumas é insuportável. E continua... " O bebê nem chora, é muito calmo" diz a mãe para as visitas. Principalmente, se o mesmo fica no berçário. Querida, o bebê só chora quando sai da maternidade. Acho que eles colocam o 'chip do choro' e mandam para casa. Algumas mães descobrem na primeira noite que quer ficar com bebê no quarto. Rápido, acha melhor chamar a enfermeira para, enfim, descansar. E, a cada três horas, o 'alarme' chega... E vamo que vamo... Tudo novo... O coitado do pai numa caminha que até o bercinho do bebê é muito mais confortável. Tendo que aprender a lidar com tudo aquilo.

Chega o dia de levar o bebê para o lar doce lar. Alguma coisa vermelha para dar sorte. Chegamos em casa. Primeiro choro. Começa a 'checagem' - fralda suja - a primeira é inesquecível... "Será que apertei demais?". A primeira dúvida. E segue... Roupa molhada? E nada da criança parar. Decidem dar banho para relaxar. Parece uma maratona - temperatura da água - com termômetro, claro... D'us me livre queimar a criança... Uns fizeram cursinho e já 'sabem tudo', mas lembram que o bebê onde aprenderam as lições era um boneco, que não se mexia. Marido do lado... Que nessas horas já virou uma boa empregada, psicólogo, pai, mãe, irmão e santo. O banho parece uma maratona que quando termina todos estão exaustos. Mas não pode parar... Afinal tem que limpar o umbigo, dar de mamar - algumas têm que dar complemento já que o leite do peito não é suficiente- e sente-se culpada. Senti isso na pele. Perguntava-me por que não era capaz de produzir o leite suficiente para meu bebê... Não sei o motivo... Mas acredito em histórias que nem sempre podemos entender. Mas logo vi que a mamadeira pode ser ótimo também. E não era menos mãe por isso. Enquanto todas tinham que arranjar um cantinho para dar o peito - quando saiam de casa - eu podia estar em todos os lugares com a minha mamadeira. E também era uma forma do pai - babão 'amamentar'. E continuamos... Colocar para dormir - se dormir, etc e tal... No meio a tudo isso o emocional da mulher. Uma verdadeira montanha-russa que oscila entre risos e choros. Absolutamente normal, mas que ninguém fala. Que pecado. Quanta falta de respeito, já que a maioria dos livros se preocupam com a gestação - o que comer, vitaminas, parto e saúde do bebê. Mas esquecem muitas vezes de falar do emocional da mãe. Se ela não tiver bem, difícil do bebê ficar... Tudo nela mudou... corpo, relação com marido, vida. A adaptação é com todos ao redor e, principalmente, com ela mesma. A cabeça dela fica uma meleca... "Será que vou dar conta? Será que realmente tenho esse instinto materno?". Sim, mas tudo precisa de tempo e adaptação algo difícil de uma mãe de primeira viagem entender, já que quer acertar de primeira. Algumas não têm paciência de esperar e entregam o 'cargo maternal' para a babá. Nada contra uma babá, mas saiba que ela não tem a obrigação de ser mãe do seu filho. Ela é uma ajudadora e deve ser tratada e respeitada como tal. E o amor? Quando brota? Ninguém ama a barriga - me desculpe as grávidas... Vocês entenderão...Temos instinto animal quando estamos grávidas... De proteção, zelo e podemos confundi-lo com amor... Mas quando nasce e você pega aquele ser, você entende o que é isso. Algumas demoram algum tempo. E isso é normal. Mas tenho certeza que chegará um dia que olhará para aquela 'coisinha' que muitas vezes te deixa doida de madrugada e pensará: "Como pude viver sem ele/ela durante toda minha vida?

Sim, a vida com o bebê não é nada fácil. Digo a adaptação. Calma, cautela e tempo na relação são necessárias. Não digo tempo de uma forma negativa. Mas entender que também 'nasceu' um pai e todos precisam se re-arranjar. Entendo até quem não aguenta e se separa... Mas quando entendido e bem administrado, tudo acaba bem... E isso é ótimo! Saldos no final: nova intimidade, novos sentimentos, bagunça de brinquedos esparramados pelo chão, novos sabores - ainda que de sopa, cheiro de bebê - e isso vai se transformando com o tempo - o primeiro feijão ninguém esquece, limites, novos hábitos... E uma NOVA família, sólida. Que precisará de ajustes ao longo da vida. O bebê vira criança, que vira adolescentes ou aborrecente, adulto. Com todas preocupações de cada fase... Mas acredito que cada bebê que nasce trás algo a mais. Sim, além de todo o 'pacotão' já visto acima... Como se fosse um presente exclusivo para você. Novos despertares acontecem dentro da nova mãe e do pai. E que devem ser desenvolvidos. Parece que trouxe um embrulho junto com ele. Mas muitos de nós, nunca abrem ou desenvolvem. Que pena. Aqueles que 'abrem' realmente se transformam. Entendem um pouco do amor divino, do amor pelo próximo, por si mesmo e pela vida. Entendem que apesar de todo esse trabalho. Cada segundo é recompensado por viver esse amor enlouquecedor... O de ser Mãe!!! E o de ser Pai!!!!