sexta-feira, 16 de novembro de 2012


Por que é difícil deixar 'papai e mamãe' e formar a SUA família?

Meter o bedelho, dar 'só' um conselho, ser sincera, dar uma 'ajudinha' na relação... Tudo isso já que somos uma 'família'. 

Descendentes de italianos, espanhóis, portugueses... Sim, somos todos juntos e misturados. Não sabemos nem o começo e nem o fim. Nos sentimos no direito de interferir nesse eterno 'puxadinho' que é a família. Mas, peraí até que ponto isso é viável? Ou melhor, aceitável???? Como é difícil formar - 'deixar pai e mãe' - e construir a sua própria família. E a esposa fala: "Só a minha mãe!!!" Porém, o marido retruca: "Mas, e a minha???". Não, não fomos criados para largar a barra da saia - emocionalmente - e formar nossa família. E, é aí, que começa essa bagunça toda.

Por mais que saimos de casa - fisicamente. Inconscientemente, tentamos agradar o 'papai e a mamãe'. Então, nada mais 'justo' que repetir padrões. Só para 'explicar' a 'farofa' que iremos fazer para formar - ou então tentar - o nosso lar doce lar. Começamos a repetir a história da família, para justificar que no fundo estamos lá presente, somos solidários... E como 'bons' filhos, seguimos à risca. Se a mãe casou com um homem o qual tinha que sustentar... Não é 'estranho' que a filha escolha justo aquele que é um 'encostado'. Coincidência??? Não!!! No fundo, somos 'criados' para seguir aquilo que nos foi passado, o que nos serviu de espelho - ainda que não seja o 'correto' - e com isso repudiar o que o outro mostra como espelho dele. O que o outro aprendeu na casa dele - para nós - nunca é o melhor. Olha aí a implicância com a sogra, ou seja, ela nunca será melhor que a mamãe!!!! Tolice, muito bem alimentada pelas mães.  Quem nunca se pegou falando a mesma frase que a mãe falava para o marido? Sim, aquilo que você 'abominava'. Até quando não sairemos de casa por inteiro? E a nossa história? Onde começa?

Sair de casa... Deixar para trás o que não lhe pertence. Se abrir para receber o que é seu. Aquilo que foi reservado para você. Muitos não tomam posse a vida inteira, pois não há espaço para o novo. A 'casa da mamãe' está inteira em todas as áreas da sua vida. A vida a dois não se constroi só com o que você acha certo. Ah, mas a 'esperta' diz - ainda que mentalmente: "Vou mudá-lo". Não querida... A 'idéia' seria: "Vamos mudar". Vamos jogar tudo em um grande liquidificador e fazer o 'nosso jeito'. Nem o seu e nem o meu, mas o nosso. Claro, que todos nós chegamos marcados em um casamento. Nossa educação foi imprimida como em uma folha sulfite branca escrita com uma tinta que não sai. Mas, a solidificação de um lar, o que faz acontecer dar certo, é os dois como um todo. Sim, formando um. Nem um sobressaindo mais que o outro. E sim, os dois formando algo com a cara, mistura do que se completam. Os dois igualmente importantes. Fazer dar certo rumo ao que planejou. Entender que somos opostos e no fundo isso é ótimo. Cada um com o seu papel - razão e emoção. O 'avião' já partiu. Agora é aprender a pilotar, cada um no seu lugar e com a sua função. Um é o motor, o outro o combustível. Um dia um pilota, o outro descansa. Um serve a comida... E com isso a 'viagem' segue rumo ao destino planejado - a vida inteira, só alguns anos... Conforme o desejado. Mas, os dois, somente os dois, conseguem fazer o avião voar. Um só não dá. Se entrar mais passageiros - família - que o 'autorizado'. O mesmo pode cair. Ou então, nem sair do lugar. Sim, os lugares disponíveis são exclusivos para uma nova família, a que se formará. Que tenhamos todos uma boa viagem.

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