sábado, 11 de agosto de 2012


Eu vos declaro marido e... uma nova mulher.


A cena é: o pai entrega a noiva para o noivo... Vira as costas e vai embora. Ou melhor, vira as costas e seja o que D'us quiser. Se tem festa, todos dançam até aguentar. Se tem Havaianas, ótimo... Senão, vai descalça mesmo. Se não tem festa, já vai para noite de núpcias. Festa, não festa... Nada disso importa. O que, realmente, começa a 'valer' é o depois de tudo isso... A volta para casa. A vida a dois!!!

Muitas, muitas descobertas. Desde a mais simples... Como descobrir que na casa dos seus pais alguém colocava o papel higiênico, lá? Ele não caía do céu. Até, algumas vezes, se perguntar: "Quem é esse ser que eu casei?" Será o mesmo que namorei um, dois, cinco, dez anos? E a resposta é simples: Não, não é!!! Quando você namora, tudo é muito bem filtrado. Se não está bem, de bom humor, querendo falar, entre outras coisas... Cada um fica na sua casa. Namorar é para se conhecer. Mas, na maioria das vezes, isso é papo para boi dormir. Afinal, só conhecemos gente 'feliz', determinada, autossuficiente nesta fase de namoro. Que jogam para debaixo do tapete tudo o que no 'filtro' entupiria. Quem se prepara para encontrar o namorado é compreensiva, mostra-se super legal com a família, ama cachorros - já conheceu alguma mulher que quando passeia com o cara, ao ver um cachorro passando, não fala: "Ai, que fofo, amor?", se depila e etc. No casamento, os 'pêlos' vão crescendo/aparecendo junto com todas as descobertas. E o 'filtro' quebra assim que a noiva entra no lar doce lar. Chocante? Mas, a realidade!!! Que, como sempre digo, pode ser muito melhor que a fantasia. Tudo isso chama-se adaptação. O que não é fácil e muitas vezes não é falado. Sim, a menina casou e quando encontra alguém - logo após a oficialização - tem que fazer 'cara' que trepam dia, tarde e noite e se dão bem em tudo. Sorry, nem nas versões atuais dos filmes dos contos de fadas acontece isso. Hoje, na maioria das vezes... A mulher já vem com bagagem. Não foi criada para casar, abaixar a cabeça no primeiro esporro, já transou- e espero que saiba o que quer... Senão, mais uma adaptação, além das frequências que a vida sexual adquirá daqui para frente. Educações diferentes. Primeiro Dia das Mães: "Vamos, primeiro, na sua ou minha mãe???". Famílias se metendo... Se o filho vem logo em seguida, multiplica por 100. O 'nosso' dinheiro. Manias que saltam aos nossos olhos. A toalha em cima da cama...  Administrar empregadas. O interminável jogo. Pôquer com os amigos e muitas coisas... Que quando você via seu pai fazendo, e achava ridículo que sua mãe reclamava... Mas, você já faz igual. Tudo que seria muito menos assustador se a 'fantasia' do 'felizes para sempre' não fosse tão incutida em nossa mente. 

Claro, que quando casamos temos que fazer dar certo. Exercícios diários de paciência, compreensão, respeito - pelo espaço do outro - faz parte dessa nova realidade. Como em uma nova mudança, tudo tem que ser rearranjado. E, digo isso, fazendo um paralelo com o nosso comportamento nessa adaptação. Temos que jogar fora, muitas vezes, o que vimos dentro da 'casa' que vivemos por longos anos. Sim, o que vimos na casa de nossos pais - por mais que tenham nos ensinado o que eles achavam que era o melhor. Mas, na nova casa, as 'roupas' não cabem mais. Padrões têm de serem quebrados para um novo lar nascer. Pena que muitos não entendem e acabam querendo viver - inconscientemente na casa da mamãe - e muitas vezes a história termina com uma assinatura no cartório ou então em frente ao juiz. Histórias com potencial para conquistarem o infinito se ambos estivessem 'abertos' para jogarem no lixo o orgulho e entender que, as vezes, o outro pode mostrar algo melhor - sobre 'tal assunto - do que achava que era o seu. Sim, a adaptação pode ser um momento de boas descobertas se a 'mente estiver aberta' para entrar em jogo. O fazer 'dar certo', muitas vezes, briga com a emoção - principalmente depois de um desentendimento. Mas anda junto com a evolução. Evolução, essa que agregada, a valores de ambos formam um lar com alicerces necessários para suportar as 'tempestades' eventuais. E aproveitar o que cada fase lhes dá como presente.


1 comentário:

  1. NU..qdo leio seus textos começo a rir antes...imagiando vc falando..com seu jeito..mexendo as mãos..enfim...está ótimo!!Adorei....parabéns...bjo gde ;)

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